quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

BRINCANDO

Pegou no seu brinquedo,encostou-o aos seus lábios húmidos
Junto à entrada do seu sexo,brincou,como quem descobre o corpo
Deixou-o escorregar para dentro de si,o corpo estremeceu,a boca entreabriu-se
O interior do seu corpo aqueceu aquele brinquedo frio e sem vida
Usou-o com perícia e a seu belo-prazer,deixou-o molhado de si
Abriu mais as pernas,expôs as coxas à luz quente que vinha de fora
Olhou através da janela,e imaginou,pelos sons que a rua trazia
Gente apressada,sem tempo para a vida,e continuou vagarosamente
Sem pressas,ela e o seu brinquedo,tirando do tempo,aquilo que a vida dava
O prazer de estar viva,dar ao seu corpo o que ele lhe pedia
Fechou os olhos e voltou a sonhar,voltou a brincar,com o seu brinquedo

J.C.(2015)
   

2 comentários:

  1. Belo texto..... belíssimo texto.
    A imagem.. impecável!!!!

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    Respostas
    1. Como sempre amável e com palavras que me levam a continuar amigo :)
      Obrigado pelos incentivos.

      Um grande abraço

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