ALIMENTO-ME DE TI

Das-me o teu corpo,abres-me as tuas pernas,ofereces-me o mais íntimo de ti

Ajoelho-me em frente a ti,mergulho ansiosamente,mas delicadamente no que ofereces

Deixo a minha língua passar ao de leve,nesses lábios que habitam o centro do deu corpo

Como se de um sabor desconhecido se tratasse,deixo que se envolva na minha língua

Sinto o calor das tuas coxas junto ao meu rosto,afundo-me mais anda em ti

Deixas-te levar,sinto que sou o teu foco de prazer,abres os braços,deixas que te eleve as pernas

Nessa altura a minha língua é uma cobra dentro de ti,explora todos os milímetros,visíveis ou não

Todo o teu corpo se deixa levar por essas sensações sempre novas,sempre diferentes

Todos os dias me condenas com uma sentença de vida e de luxuria,que me apresso a cumprir

E tal como o condenado,tenho direito a escolher a ultima refeição,só que esta eu escolho vezes sem conta 

Alimento-me de ti,não só do teu corpo,mas de tudo o que nele habita,dos teus sorrisos,das tuas palavras

Dos teus silêncios,e por vezes das tuas lágrimas,da menina que dorme ao meu lado,e que acorda mulher

Esta noite onde quer que estejas,sente o meu abraço,dá-me a sentir o teu calor

Não me deixes passar fome...de ti

J.C.(2014)