O toque suave dos teus pés nas minhas costas,que me prendem,essa mão que me impele contra ti
Dedos de vermelho pintados,como a cor do meu desejo e paixão por ti,cor do fogo que me devora
O teu sexo exposto,o calor das tuas coxas,que me queima o rosto,numa fogueira onde quero arder
Eu sedento,do calor do desejo,bebo vorazmente da tua fonte,como quem atravessou um deserto
E não terá sido um deserto o que até hoje percorri,antes de ti?Tu és o oásis, que me acolheu,quando eu já desesperava e sentia que morreria sem sentir o calor da vida,esse fogo que trazes contigo.
No inicio,ainda pensei que fosses uma miragem,mais uma fantasia da minha desesperada mente
A sede traz alucinações,faz-nos acreditar naquilo que queremos e desejamos,mas é tudo falso.
Ao aproximar-me,senti o vermelho que pintas nos teus dedos,esse calor forte e vivo,não acreditei à primeira,não fosses apenas uma imagem desejada de uma vista cansada,de um corpo moribundo.
Tocaste-me e logo ali o teu fogo alastrou pelo meu corpo inteiro,trouxeste-me à vida,das cinzas
Tal Fénix renascida,eu que já vagueava errante,sem sentido nos caminhos desérticos da vida.
Acolheste-me em ti,deste-me vida,aqueceste a minha alma e o meu corpo,voltei a sorrir
Mas deste-me mais,o calor que é teu,a tua pele que queima,o teu corpo que se reinventa a cada hora
E eu tudo aceitei,tudo desejei,e agora que me ajoelho perante ti,só te quero retribuir e inundar de prazer.
J.C.(2015)
Sem comentários:
Enviar um comentário
DEIXEM A VOSSA MARCA NO MEU TRILHO